Cronicas de sala de estar "O tempo de se reinventar."

Sim a garota estava novamente em uma sala de estar, mas ela estava jogada em um canto de um dos sofás desarrumados, a sala não estava naquela ligeira bagunça de fim de noite, não era nem noite, e muito menos aquela sala de estar com paredes de cor amarela; aquela sala de estar dela, ela estava sobre o teto acolhedor de seus avós.
Havia uma chuva de pequena intensidade do lado de fora, uma brisa entrava pela porta e pela janela, havia um silencio muitas vezes rasgado pelo assovio dos pássaros e por guinchar de grilos, e uma nevoa era de cercar á casa.
Ela estava por se balançar em uma cadeira de balanço, seus pensamentos estavam brandos e leves.
Tirou férias, deixou o agito da cidade grande, e foi para o sossego do campo, seus pensamentos ao embarcar no avião estavam de fato confusos, um olhar distante e um sorriso meio passado no rosto, e essa confusão dentro dela estava afetando muito mais que seu sorriso, mas ela estava num momento de bloqueio de criatividade, já não conseguia sentir emoção ao fazer uma de suas coisas preferidas; escrever.
Mas nada que uns dias sem stress em um lugar calmo não resolvesse. Lá havia bastante tempo para pensar em tudo que quisesse.
Algumas lágrimas escorreram por seu rosto em uma noite, enquanto teimava em "matutar" coisas ao invés de dormir.
Pensou em coisas realmente sérias, e algumas coisas tão tolas, sentiu vontade de escrever então escreveu como se não houvesse amanhã, leu um livro que todos deveriam ler, a aprendeu novamente á sorrir.
Decidiu coisas, esqueceu outras e foi se balanças em um balanço improvisado, de madeira e cordas, embaixo de uma arvore pequena se sentiu livre.
Escutou as musicas que queria, "Eduardo e Monica" estavam lá, mas não haviam nomes de ninguém para comparar, "Toxicity" gritava disorder(desordem), mas nada estava desordenado dentro dela, á voz do chorão á compreendeu em "Contraste da Vida", e ela "evoluiu para enfrentar á vida, deixar acontecer o que está por vir, e deixar fluir naturalmente", "She Will Be Loved" disse que nem tudo era borboletas e arco-iris, mas ao ver um arco-iris como nunca tinha visto de tão lindo, e percebeu que não importava quanto algo fosse difícil, quando as coisas não dão certo, pois sempre haverá um lado bom, basta saber olhar.
Ela então se descobriu novamente, se reinventou, haviam mudanças em mente, mas também havia uma felicidade eminente.
Percebeu que precisava de um tempo, então se deu um tempo. E mesmo não podendo vir para debaixo do teto de seus avós, para essa calmidão sempre que precisar se reinventar, sabe que sempre terá outra saída, basta saber ver o lado bom, e quem sabe respirar fundo.

By M. Rodri(Diary Of Bff's)